A MONTANHA - a beleza em alta velocidade - lindo!!!

domingo, 20 de julho de 2008

Amizade - inquietações minhas...

Hoje é Dia do Amigo, ou Dia Internacional da Amizade.

Recebi uma mensagem inesperada no orkut, por este dia, bonita, que diz: "Certificado de Amigo Especial 100%". O interessante é que veio de uma pessoa que eu adicionei há uma semana, no máximo, com quem houve uma certa identificação e iniciamos contato.
Mas a mensagem dela me fez pensar... acabei de "conhecê-la" e fui incluída na sua lista de amigos especiais. O que quer dizer realmente? é ótimo receber esse tipo de afago, sem dúvida... Mas que tipo de amizade é essa? Quem são meus amigos? Onde estão? Será que as pessoas de quem me considero amiga me consideram assim também, realmente??? Pra quem posso mandar uma mensagem assim?

Tanto se fala de amizade... inda mais nas mensagens bonitas - algumas até melosas demais - que circulam na net, no orkut, nos "pps" da vida...

"Amigo é aquele"... das coisas que penso, posso dizer que é aquele que te aceita como é, que está disposto a rir e a chorar com você, que tem liberdade de falar verdades nem sempre boas de ouvir, que te ouve, que você ouve, que está presente mesmo na distância, que sabe muita coisa de você e experimentou muitas delas junto com você, em quem pode confiar, em cujo ombro pode chorar, cujo abraço te faz bem, cujo olhar você conhece, que te põe pra cima quando preciso, que te aguenta mesmo quando está insuportável, e a quem é fácil retribuir tudo isso... é uma lista que pode ser sempre acrescida de mais itens.

Mas pra quem isso realmente é verdade? as amizades de hoje andam tão superficiais... as pessoas andam superficiais, na verdade, e individualistas, antes das amizades. Amigos desinteressados e verdadeiros são cada vez mais raros, pelo que vejo e ouço de muitas pessoas.
Há medo de se envolver, medo de se deixar conhecer como realmente é, medo de viver sem máscaras, medo de confiar, medo... o que no fim das contas creio que se resume no medo da decepção. De sofrê-la e de causá-la.

Falo até de mim mesma. Tenho tido medo das pessoas. De tanto ter mania de ser amiga, de confiar, de acreditar, e por isso já ter levado tanta bordoada e sofrido tantas decepções e até prejuízos... de tanto ver a falsidade e o interesse próprio dominando as pessoas... ando desconfiada. E ainda assim, quando percebo, já confiei, já acreditei, já perdoei, já dei outra chance... e já me dei mal mais uma vez...
Penso por muitas vezes não pertencer a este planeta... não consigo absorver o que vai nesse mundo... Sei que não sou perfeita, tenho muitos defeitos e problemas de convivência que irritam as pessoas, e que já afastaram e decepcionaram algumas delas... amizades iterrompidas ou frustradas por minha causa também. Mas não por me colocar acima dos outros, ou por agir somente em causa própria, disso estou certa.

Não posso mudar as pessoas. Nem a mim mesma consigo mudar, muitas vezes... mas onde está a diposição delas para gastar tempo com um amigo em potencial? para investir numa amizade que pode se tornar significativa? para conversas de qualidade? por que isso é cada vez mais raro? por que a maioria dos "amigos" só estão presentes quando você solicita e olhe lá, e raramente a via de mão dupla é usada? ou so te procuram quando precisam de algo de você... seja de perto, seja de longe, seja na net... Tenho muitos contatos na net. Tenho muitas pessoas de minha rede que dizem que sou legal. Gosto de conversar, de compartilhar, de ouvir as pessoas... não sou cabecinha fechada nem coloco dificuldades para uma aproximação com interesses verdadeiros... Mas e aí? por que a grande maioria delas se silencia? não há conversa, não há troca, não há nada... são apenas número? eu sou apenas parte do número de "amigos" delas? Tenho consciência que sempre haverá amigos muito próximos e íntimos, com quem vou poder contar sempre (assim ainda acredito!) e amigos de circunstâncias, amigos menos próximos, mas nem por isso não sinceros. E que os primeiros são sempre a minoria.

Mas ando farta de me deparar sempre com estas questões... ando farta de ter tão poucas amizades de pouco a muito significativas e de não ter nenhuma por perto. Será a culpa somente minha? Será que só eu estou assim?

Se não fosse o Senhor, que se coloca como o Amigo Maior, Consolador, sempre presente, e sempre compassivo, a solidão estaria totalmente instalada e a tristeza acabaria tomando conta de mim de vez... Mas não vou me render. Não é justo!!!

Que Deus me ajude a ter verdadeiros amigos e ser amiga de verdade de quem se dispõe a isso.
E agradeço a Ele pelos que ainda posso contar, enfim, pelo menos eles existem!

Então, de qualquer forma, Feliz Dia Internacional do Amigo!!!
beijocas...
;o)






sábado, 19 de julho de 2008

Bicho complicado esse ser humano... tem hora que parece que funciona tudo ao contrário!!! Só Deus pra ter paciência como ELe tem para consco!!!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Inesperado

Surpresa
afinidade
doçura
delicadeza
cuidado
respeito.
Ombro
amigo
agradável
conteúdo
poesia
família.
Risos
olhares
gostos
prazer
bem querer
querer mais...


24/01/2006, de minha autoria.

Estive relendo algumas coisas que escrevi e a achei... gostei!

domingo, 13 de julho de 2008

Divagações sobre "EU"

"Quem sou eu? Esta ou aquela?
Sou eu uma, hoje, e outra, amanhã?
Sou eu ambas ao mesmo tempo?"

(Dietrich Bonhoeffer, teólogo alemão - adaptação apenas para o feminino)


"Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!"

(Fernando Pessoa - trecho de "Tabacaria")



Preencher "Quem sou eu" no perfil aqui do Blog me trouxe à lembrança esses trechos que gosto, a respeito da incerteza de quem somos, afinal.

Não que realmente não saiba quem sou... talvez só não saiba completamente. Talvez eu não esteja totalmente pronta. Responder esse tipo de questão sempre me faz pensar muito.
Parece que sempre estamos no processo de conhecer a nós mesmos, mais um pouco, mais um pouco... ouço tantas pessoas dizerem que não sabem quem são que acho que é normal.

Sei que sou filha de Deus, amada por Ele. Sei do que gosto, do que não gosto, do que me faz reagir bem ou mal. Sei que levo comigo influências fortíssimas de meus pais, de minha formação. Sei
de meus valores e princípios que tem a ver com o Reino de Deus, os quais não negocio, pois não são baseados em convicções minhas, mas no que Ele deixou determinado. É algo que escolhi seguir, e não precisa ser mudado. É, sim, definitivo.

Porém, quanto a outras questões da vida, muitas vezes me acho inconstante, mudo de idéia, de direção, em pouco tempo... não me apego a minhas próprias opiniões, por vezes, porque não tenho medo de mudá-las... Vejo de positivo nisso o fato de não ter dificuldade de, ao perceber um equívoco, rever tudo, reconfigurar... e vejo também um pouco de minha tendência aquariana de estar sempre em busca de algo mais, de algo novo, e de não me conformar com tudo como está. Junte-se a isso minha sede que me leva a buscar mais de Deus, e quanto mais O conheço, mais vejo que preciso me enxergar como realmente sou, o que implica saber que ainda tenho muito o que mudar.

Percebo então, que a mudança, a transformação do que ainda não é bom e definitivo precisa ser constante.

Dependendo de como se olha essa necessidade, pode ser algo frustrante e até depressivo, mas tenho aprendido a duras penas que enxergar pelo aspecto do quanto posso crescer e ser melhor do que sou pode ser muito reconfortante e animador. Então não posso deixar de ver também, e principalmente, a misericórdia e o amor de Deus atuantes em mim de maneira real.

Mas isto é um assunto pra outra hora...